sábado, 15 de janeiro de 2011

Liberdade...

Nada seria mais oportuno para começar a postar nesse blog, que possui a temática de expor idéias, do que começar falando sobre algo tão abstrato e ao mesmo tempo tão instável, que a idéia de liberdade.

Quem aqui se lembra das três velhas Parcas da mitologia grega ou para os Romanos, Moiras, que governavam nosso destino e com isso, nossa liberdade. Hoje, parece algo inconcebível para nós acreditarmos em tal mito e que em algum lugar de nosso passado acreditávamos na influencia delas sobre nossas vidas. Se hoje gozamos de uma idéia muita diferente sobre como nascemos, morremos e como fazemos nossas escolhas, é porque ao longo da linha do tempo realizamos inúmeras experiências. Já não mais tememos contrariar as Parcas. Mas ainda assim, possuímos uma visão um tanto prepotente sobre os motivos que norteiam nossas escolhas. É um preconceito muito grande do homem em acreditar que exista um objetivo maior para as coisas serem assim.

É sabido a todos – ao menos deveria ser – que não há outra palavra no vocabulário mundial que tenha exercido mais influência a evolução da história do homem. Em todas as épocas, essa palavra foi alvo de injúrias, gritada aos ventos como clamor de luta e esmiuçada pelos filósofos e metafísicos. Por ela, guerras foram travadas, civilizações extinguidas, livros e mais livros foram escritos. E agora, que estamos a cá, no século XXI, o que entendemos por liberdade? Alguns entendem liberdade como sendo um direito divino, outros, por outro lado, dizem que a liberdade é uma ilusão nascida da má interpretação da própria condição de existência e que jamais estaremos livres, pois sempre haverá algo que está à cima de nossas escolhas e desejos.

A natureza de nossa mera fragilidade frente à imponência do mundo, já é uma forma de explicar nossa não-liberdade. Mas aí, alguém pode evocar a noção de livre-arbítrio, que é quase um sinônimo para liberdade, para poder, de alguma forma, dá cheque-mate em nossa discussão. Ora, o livre-arbítrio é a “liberdade” fruto da noção de que todos nós podemos fazer tudo o que estiver em nosso alcance. Na frase “eu posso fazer tudo o que tiver em meu alcance” existem sujeitos elípticos que não são levados em consideração, mas que são de total importância em nossas escolhas. Não somos o que queremos ser, somos uma amálgama de forças que si entrelaçam e constroem o tecido da nossa essência. No centro de onde todas essas forças saem, bem no centro, no mais profundo abismo, na mais interna das camadas da pele, se esconde a verdadeira força primária que rege todo esse grande maquinário chamado de vida, o único instinto que ainda conserva nossa verdadeira natureza: a já conhecida “Conservação da vida”. Este é um dos muitos fatores que agem em nossas decisões, e, portanto, agem também em nossa liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário