domingo, 24 de julho de 2011

A moralidade utilitária e a vida virtuosa.

Existe o eterno questionamento de que para as religiões a vida virtuosa é atingida ao seguir com louvor as premissas que elas tomam como sagradas. E já no ateísmo, a vida virtuosa pode ser atingida sem, é claro, a intervenção divina. Em ambos lados encontramos exemplos de vida de pessoas, mártires. Contudo, existe a ideia de que tanto uma pessoa religiosa quanto uma ateia podem ter uma vida virtuosa, pois, a religião não moldaria o caráter e muito menos a ausência dela e que a felicidade é o resultado daquilo que realizamos (o ato de realizar), e não pelo o que realizamos. Dessa forma, fica evidente que a moralidade que pretendo apresentar é invariante a crença.

A história nos mostra que houveram pessoas que estudaram as escrituras de suas religiões por anos a fio e não contribuíram em nada para sua sociedade; da mesma forma, conta-nos os relatos de que houveram pessoas que vilipendiaram as escrituras sagradas de seu povo e contribuíram majestosamente com a humanidade e, visse-versa. Imagino que haja um meio termo. Veja bem... Considero o utilitarismo a porta de entrada do processo de classificação do que seria bom ou ruim para nós: Se no outro dia tivermos que nos levantar cedo não seria uma boa conduta nossa ficarmos até tarde em frente ao computador – por mais que na maioria das vezes nós o façamos. Contudo, não nascemos com esse questionamento – por mais que, às vezes, ele se apresente naturalmente para algumas pessoas –, dessa forma, vejo que os primeiros anos da vida intelectual (seguindo essa visão de moralidade) devem ser empregados na classificação da utilidade desses tipos de normas e, se elas, após o devido exame, ainda mostrarem serem do bem-estar comum e não se afastarem demasiadamente da realização de sua vontade, então, às chances de que com elas você consiga uma vida virtuosa são grandes.